Este post chama-se para lá do horizonte pois o seu significado depreende o estado que muitas vezes enfrento, ele é uma das minhas grandes questões e dúvidas actuais que encontro por/de eu:
"não me agarrar á minha simplicidade/acreditar que estou certo no ser [isto é( ser simples, pragmático, encontrar solução e resposta para todos os eventos no "pequeno e grande círculo", ser razoável nas minhas atitudes, estar consciente que meus actos não necessitam de forças externas para reger a minha vida, e aí encontrar um estado sólido de concretização pessoal)] ";
Ao invés, não sendo assim, eu por exemplo:
Num simples deslize mental num certo momento, de um certo dia em que trabalhava em NY reconheci minha postura em serviço, e agradeci a uma "...força externa..." , com isso pensei/hipotecei/tencionei agradecer a essa "...força externa..." e mais logo pode ter ecludido uma procura de algo mais além, pois alguns perceberão estas palavras, não são de vitimização, mas a minha ideia/táctica e concepção dos factos que regem os dias de minha vida, é querer perceber a vida na sua plenitude.
Acrescentaria mais, mas não quero inventar, é extremamente delicado o assunto.
[Para lá do horizonte] expressa uma auto-crítica, a não prévia leitura e análise dos e perante os factos, logo a leitura de dor demonstra força e cognição psicológica?
Algo para lá do horizonte sem nada é bom, eu diria mesmo muito bom.
Já o outro Sr. dizia a [...a minha índole indecisa...]
Estaria ele a falar do balanço irregular de religiosidade?
Se quiserem deixem uma palavra de crítica, ânimo ou um olá.
Portem-se bem.
Lê e sente, algumas aulas de escrita e diálogo de línguas latinas, notícias estonteantes e é claro o meu Blog.
Um abraço e apreciem o momento.
Wednesday, January 18, 2012
Thursday, January 12, 2012
Obsessão troca involuntária de energia.
Recebi e vale a pena ler.
Sorte Sempre!
Karin Klemm
Passeando por um site, encontrei esse artigo e pensei em compartilhar com vocês todos.
Estejamos atentos aos processos obsessivos em nossos relacionamentos e busquemos o equilibrio de nossos corpos: físico, emocional e mental; trazendo para nós e para os outros a cura pelo amor incondicional. Amem tudo que existe!!!
Obsessões: trocas involuntárias de energia!
por Bruno J. Gimenes
Sempre que o assunto é obsessão, é normal haver uma carga emocional muito forte sobre a questão. Pelo simples fato que temos o costume de separar obsessor e obsediado, e com facilidade formamos a figura da vítima(obsediado) e do vilão(obsessor), sem compreendermos que um não vive sem o outro, portanto ambos são co-responsáveis pelo processo.
Nosso objetivo é procurar expor o tema de uma forma diferente, com foco nos aprendizados que podem ser extraídos, por que na realidade dos fatos, as lições que tiramos desses eventos é o que mais importa. Os cenários mudam, os atores mudam, os locais mudam, mas quando o tema é obsessão, compreensões necessárias são sempre as mesmas.
Os estudo das interferências energéticas nocivas é amplamente difundido na comunidade espiritualista brasileira e mundial. Hoje em dia é comum encontrarmos dezenas de excelentes livros e publicações a respeito do tema e suas particularidades. Contudo, como nosso maior objetivo é a evolução espiritual na prática, vamos desenvolver uma visão de contexto sobre o assunto, para não tratarmos de forma isolada do todo. A obsessão é um processo em que um indivíduo, entidade, situação ou força, prejudica uma outra situação, entidade, pessoa ou força, exercendo influências que alterem seus estados. Essa influência pode ser consciente ou inconsciente, por ambas as partes.
É normalmente considerado obsessor aquele que exerce influência sobre um outro, alterando, diminuindo ou desorganizando a energia ou vibração de uma ou mais pessoas ou entidade. O Obsediado é a pessoa ou entidade que recebe essa influência, sofrendo as conseqüências dessa alteração, desorganização ou diminuição da energia.
Na comunidade espiritualista, é muito comum estudarmos o tema focando a atenção nas obsessões apenas do plano Espiritual. Isso acontece porque pouquíssimas pessoas nesse mundo capitalista está treinada para perceber as interferências de ordem sutil (espirituais), logo invisíveis aos olhos do individuo sem treino nas capacidades da da alma. Assim sendo, acabamos por nos preocupar mais com aquilo que não podemos ver.
É importantíssimo desenvolver habilidade e conhecimento sobre os processos envolvidos nas obsessões do plano espiritual, mas não podemos nos esquecer que grande parte das obsessões de desencarnados sobre encarnados se iniciaram aqui na Terra. Talvez se os envolvidos do processo obsessivo pudessem em vida ter tido o esclarecimento necessário, muito provavelmente a realidade seria outra. Se todos compreendermos que muitas atitudes que temos com o nosso próximo tratam-se de comportamentos muitas vezes obsessivos, poderíamos diminuir essas conseqüências danosas ainda em vida, de pessoa para pessoa. Muitas obsessões de desencarnados para encarnados acontecem porque a morte não separa os laços kármicos.
Aquele que hoje morre com ódio mortal de seu vizinho em vida, quando no plano espiritual, tende e produzir da mesma forma seus fluídos perniciosos imanentes de seu psiquismo desequilibrado. E esse desencarnado, quando voltar a Terra, com sua personalidade congênita, tende a ser um encarnado que exerce influência negativa para aquele mesmo vizinho, porque seus corações não se harmonizaram. As obsessões atravessam as barreiras do tempo e das dimensões.
Tomemos como exemplo a educação no Brasil e no Mundo. Muitas nações já perceberam que a saída para a maioria dos problemas sócio-econômicos está na educação. Muitos pais investem tudo que tem para proporcionar aos filhos educação e estudo digno para torná-los almas mais evoluídas. E qual a conseqüência disso? A liberdade! Ou como diria Jesus: ” A Verdade que Liberta”.
Precisamos compreender o assunto, sabendo de suas causas raízes, para depois atuarmos condizentes, dizimando suas conseqüências negativas e proporcionando um aprendizado e evolução coletivo.
Queremos convidar a todos a pensar; sempre que o assunto em questão for obsessão, precisamos exercitar a visão do todo. Precisamos procurar compreender a causa raiz, porque se centrarmos o nosso foco apenas na conseqüência ou no momento presente, jamais seremos efetivos, logo não estaremos evoluindo, apenas girando em círculos. Esse exercício de reflexão pretende fazer com que você perceba que trocamos de papel frequentemente, hora somos obsessor, hora obsediados.
-Somos obsessores do Planeta Terra, quando estamos destruindo, poluindo, explorando.
-Somos obsediados quando no trânsito, alguém nos xinga com força e raiva no olhar!
-Somos obsessores de tudo (de nós, dos outros, das coisas e ambientes) quando negativos, pessimistas ou vítimas.
-Somos obsediados quando permitimos que os outros nos desrespeitem, nos explorem, nos critique sem motivo.
-Somos obsessores quando culpamos. Somos obsediados quando somos culpados.
Sempre que há trocas de energias perniciosas, podemos considerar esse como um fluxo obsessivo. Porque há disputa, há combate, há conflito, mesmo que as duas partes estejam ou não conscientes. Sempre há desgaste, mesmo que invisível!
Uma obsessão começa quando uma parte tem interesse na energia do outro, e vice-versa. Uma obsessão termina quando uma ou as duas partes começam a ter consciência da obsessão e suas consequências. Quando somente uma das partes desperta para o entendimento, a cura (pelo menos de sua parte) pode acontecer. O fato de uma das partes não aceitar a harmonização não impossibilita a cura por parte do interessado fim do vínculo obsessivo, no entanto, se buscada apenas por uma das partes, torna o processo mais difícil e demorado. E nesse caso, quando quem quer a cura consegue seu objetivo contrariando a outra parte, que não aceita a transformação, o ciclo obsessivo deverá continuar, sendo que nesse caso, o obsessor naturalmente irá procurar um novo alvo para obsidiar, porque ele tem dependência.
Em casos que há consciência, intenção e iniciativa por ambas a partes, para que o processo obsessivo seja transmutado, e em fim isso acontece, há no universo a formação de uma ponto de luz, que gira a engrenagem da evolução do mundo, porque manifesta iluminação, libertação e harmonia, diga-se de passagem, é tudo que o universo precisa!
Essas influências energéticas entre almas, situações, lugares, se dão em todos os níveis; físico, espiritual, emocional, espiritual. Também acontecem muito entre pessoas que se amam, entre pais e filhos, marido e mulher, chefe e empregado, professor e aluno, e assim por diante. Porque sempre que entendermos que precisamos da energia do outro para sobreviver estaremos sugando-lhe suas melhores vibrações. Porque sempre que esquecemos que fazemos parte do Todo, da Fonte ilimitada, estaremos no limitando, portando necessitaremos das migalhas que conseguiremos explorar do nosso próximo. Mas não se assuste, não se culpe, roubamos energia alheia porque não estamos treinados para receber energia abundante, ilimitada direto da Fonte.
As relações cotidianas de controle, ciúmes, posse, inveja são apenas indícios dos efeitos devastadores que as obsessões geram em toda malha magnética da Terra. Mais uma amostra de nosso egoísmo e alienação espiritual. Também é uma demonstração de que o desenvolvimento de nossas consciências espirituais é o grande trunfo que temos para mudar essa realidade para melhor.
Sorte Sempre!
Karin Klemm
Passeando por um site, encontrei esse artigo e pensei em compartilhar com vocês todos.
Estejamos atentos aos processos obsessivos em nossos relacionamentos e busquemos o equilibrio de nossos corpos: físico, emocional e mental; trazendo para nós e para os outros a cura pelo amor incondicional. Amem tudo que existe!!!
Obsessões: trocas involuntárias de energia!
por Bruno J. Gimenes
Sempre que o assunto é obsessão, é normal haver uma carga emocional muito forte sobre a questão. Pelo simples fato que temos o costume de separar obsessor e obsediado, e com facilidade formamos a figura da vítima(obsediado) e do vilão(obsessor), sem compreendermos que um não vive sem o outro, portanto ambos são co-responsáveis pelo processo.
Nosso objetivo é procurar expor o tema de uma forma diferente, com foco nos aprendizados que podem ser extraídos, por que na realidade dos fatos, as lições que tiramos desses eventos é o que mais importa. Os cenários mudam, os atores mudam, os locais mudam, mas quando o tema é obsessão, compreensões necessárias são sempre as mesmas.
Os estudo das interferências energéticas nocivas é amplamente difundido na comunidade espiritualista brasileira e mundial. Hoje em dia é comum encontrarmos dezenas de excelentes livros e publicações a respeito do tema e suas particularidades. Contudo, como nosso maior objetivo é a evolução espiritual na prática, vamos desenvolver uma visão de contexto sobre o assunto, para não tratarmos de forma isolada do todo. A obsessão é um processo em que um indivíduo, entidade, situação ou força, prejudica uma outra situação, entidade, pessoa ou força, exercendo influências que alterem seus estados. Essa influência pode ser consciente ou inconsciente, por ambas as partes.
É normalmente considerado obsessor aquele que exerce influência sobre um outro, alterando, diminuindo ou desorganizando a energia ou vibração de uma ou mais pessoas ou entidade. O Obsediado é a pessoa ou entidade que recebe essa influência, sofrendo as conseqüências dessa alteração, desorganização ou diminuição da energia.
Na comunidade espiritualista, é muito comum estudarmos o tema focando a atenção nas obsessões apenas do plano Espiritual. Isso acontece porque pouquíssimas pessoas nesse mundo capitalista está treinada para perceber as interferências de ordem sutil (espirituais), logo invisíveis aos olhos do individuo sem treino nas capacidades da da alma. Assim sendo, acabamos por nos preocupar mais com aquilo que não podemos ver.
É importantíssimo desenvolver habilidade e conhecimento sobre os processos envolvidos nas obsessões do plano espiritual, mas não podemos nos esquecer que grande parte das obsessões de desencarnados sobre encarnados se iniciaram aqui na Terra. Talvez se os envolvidos do processo obsessivo pudessem em vida ter tido o esclarecimento necessário, muito provavelmente a realidade seria outra. Se todos compreendermos que muitas atitudes que temos com o nosso próximo tratam-se de comportamentos muitas vezes obsessivos, poderíamos diminuir essas conseqüências danosas ainda em vida, de pessoa para pessoa. Muitas obsessões de desencarnados para encarnados acontecem porque a morte não separa os laços kármicos.
Aquele que hoje morre com ódio mortal de seu vizinho em vida, quando no plano espiritual, tende e produzir da mesma forma seus fluídos perniciosos imanentes de seu psiquismo desequilibrado. E esse desencarnado, quando voltar a Terra, com sua personalidade congênita, tende a ser um encarnado que exerce influência negativa para aquele mesmo vizinho, porque seus corações não se harmonizaram. As obsessões atravessam as barreiras do tempo e das dimensões.
Tomemos como exemplo a educação no Brasil e no Mundo. Muitas nações já perceberam que a saída para a maioria dos problemas sócio-econômicos está na educação. Muitos pais investem tudo que tem para proporcionar aos filhos educação e estudo digno para torná-los almas mais evoluídas. E qual a conseqüência disso? A liberdade! Ou como diria Jesus: ” A Verdade que Liberta”.
Precisamos compreender o assunto, sabendo de suas causas raízes, para depois atuarmos condizentes, dizimando suas conseqüências negativas e proporcionando um aprendizado e evolução coletivo.
Queremos convidar a todos a pensar; sempre que o assunto em questão for obsessão, precisamos exercitar a visão do todo. Precisamos procurar compreender a causa raiz, porque se centrarmos o nosso foco apenas na conseqüência ou no momento presente, jamais seremos efetivos, logo não estaremos evoluindo, apenas girando em círculos. Esse exercício de reflexão pretende fazer com que você perceba que trocamos de papel frequentemente, hora somos obsessor, hora obsediados.
-Somos obsessores do Planeta Terra, quando estamos destruindo, poluindo, explorando.
-Somos obsediados quando no trânsito, alguém nos xinga com força e raiva no olhar!
-Somos obsessores de tudo (de nós, dos outros, das coisas e ambientes) quando negativos, pessimistas ou vítimas.
-Somos obsediados quando permitimos que os outros nos desrespeitem, nos explorem, nos critique sem motivo.
-Somos obsessores quando culpamos. Somos obsediados quando somos culpados.
Sempre que há trocas de energias perniciosas, podemos considerar esse como um fluxo obsessivo. Porque há disputa, há combate, há conflito, mesmo que as duas partes estejam ou não conscientes. Sempre há desgaste, mesmo que invisível!
Uma obsessão começa quando uma parte tem interesse na energia do outro, e vice-versa. Uma obsessão termina quando uma ou as duas partes começam a ter consciência da obsessão e suas consequências. Quando somente uma das partes desperta para o entendimento, a cura (pelo menos de sua parte) pode acontecer. O fato de uma das partes não aceitar a harmonização não impossibilita a cura por parte do interessado fim do vínculo obsessivo, no entanto, se buscada apenas por uma das partes, torna o processo mais difícil e demorado. E nesse caso, quando quem quer a cura consegue seu objetivo contrariando a outra parte, que não aceita a transformação, o ciclo obsessivo deverá continuar, sendo que nesse caso, o obsessor naturalmente irá procurar um novo alvo para obsidiar, porque ele tem dependência.
Em casos que há consciência, intenção e iniciativa por ambas a partes, para que o processo obsessivo seja transmutado, e em fim isso acontece, há no universo a formação de uma ponto de luz, que gira a engrenagem da evolução do mundo, porque manifesta iluminação, libertação e harmonia, diga-se de passagem, é tudo que o universo precisa!
Essas influências energéticas entre almas, situações, lugares, se dão em todos os níveis; físico, espiritual, emocional, espiritual. Também acontecem muito entre pessoas que se amam, entre pais e filhos, marido e mulher, chefe e empregado, professor e aluno, e assim por diante. Porque sempre que entendermos que precisamos da energia do outro para sobreviver estaremos sugando-lhe suas melhores vibrações. Porque sempre que esquecemos que fazemos parte do Todo, da Fonte ilimitada, estaremos no limitando, portando necessitaremos das migalhas que conseguiremos explorar do nosso próximo. Mas não se assuste, não se culpe, roubamos energia alheia porque não estamos treinados para receber energia abundante, ilimitada direto da Fonte.
As relações cotidianas de controle, ciúmes, posse, inveja são apenas indícios dos efeitos devastadores que as obsessões geram em toda malha magnética da Terra. Mais uma amostra de nosso egoísmo e alienação espiritual. Também é uma demonstração de que o desenvolvimento de nossas consciências espirituais é o grande trunfo que temos para mudar essa realidade para melhor.
Saturday, January 07, 2012
Life is X+X+X
Life is X+X+X. Yesterday is Xperience. Today is Xperiment. Tomorrow is Xpectation. So use Ur Xperience in your Xperiment to achieve Ur Xpectation............................. Every bad situation will have something positive... even a stopped clock shows correct time twice a day... Think of this and lead ur life... STAY HAPPY.......... Thought to always remember- Respect the old when u r young. Help the weak when u r strong. Confess the fault when u r wrong. Coz one day u will be Old, Weak & Wrong... The most determinative sentence which should always be followed in life:- THE RACE IS NOT OVER... B'coz....... I HAVN'T WoN YET.... If we both exchange a rupee, we both have 1 rupee each, But if we exchange one good thought, we both have two good thoughts... Wishes for a THOUGHTFUL DAY... "Few Relations In Earth Never Die" Want to know... What is it? Read this... (F)few (R)relations (I)in (E)earth (N)never (D)die World's most beautiful sentence..... =>..... BUT, I LOVE YOU. and World's most selfish/painful sentence..... =>I LOVE YOU, BUT...
Source: deepak21071974 chess.com
Source: deepak21071974 chess.com
Tuesday, January 03, 2012
Monday, January 02, 2012
Instrumentos
“Dos diversos instrumentos do homem,
o mais assombroso é, sem dúvida, o livro.
Os outros são extensões de seu corpo.
O microscópio, o telescópio, são extensões da vista;
o telefone é a extensão da voz;
temos o arado e a espada, extensões do braço.
Mas o livro é outra coisa:
o livro é uma extensão da memória e da imaginação."
— Jorge Luis Borges.
o mais assombroso é, sem dúvida, o livro.
Os outros são extensões de seu corpo.
O microscópio, o telescópio, são extensões da vista;
o telefone é a extensão da voz;
temos o arado e a espada, extensões do braço.
Mas o livro é outra coisa:
o livro é uma extensão da memória e da imaginação."
— Jorge Luis Borges.
Desenvolvimento Urbano
“Não se trata simplesmente de um lugar de passagem e circulação. A invasão dos automóveis e a pressão dessa indústria, isto é, do lobby do automóvel, fazem dele um objeto-piloto, do estacionamento uma obsessão, da circulação um objetivo prioritário, destruidores de toda vida social e urbana. Aproxima-se o dia em que será preciso limitar os direitos e poderes do automóvel, não sem dificuldades e destruições.
A rua? É o lugar (topia) do encontro, sem o qual não existem outros encontros possíveis nos lugares determinados (cafés, teatros, salas diversas). Esses lugares privilegiados animam as ruas e são favorecidos por sua animação, ou então não existem. Na rua, teatro espontâneo, torno-me espetáculo e espectador, às vezes ator. Nela efetua-se o movimento, a mistura, sem os quais não há vida urbana, mas separação, segregação estipulada e imobilizada. Quando se suprimiu a rua (desde Le Corbusier, nos “novos conjuntos”), viu-se as consequências: a extinção da vida, a redução da “cidade” a dormitório, a aberrante funcionalização da existência. A rua contém as funções negligenciadas por Le Corbusier: a função informativa, a função simbólica, a função lúdica. Nela joga-se, nela aprende-se.
A rua é a desordem? Certamente. Todos os elementos da vida urbana, noutra parte congelados numa ordem imóvel e redundante, liberam-se e afluem às ruas e por elas em direção aos centros; aí se encontram, arrancados de seus lugares fixos. Essa desordem vive. Informa. Surpreende. Além disso, essa desordem constrói uma ordem superior. Os trabalhos de Jane Jacobs mostraram que nos Estados Unidos, a rua (movimentada, frequentada) fornece a única segurança possível contra a violência criminal (roubo, estupro, agressão). Onde quer que a rua desapareça, a criminalidade aumenta, se organiza. Na rua, e por esse espaço, um grupo (a própria cidade) se manifesta, aparece, apropria-se dos lugares, realiza um tempo-espaçȯ apropriado. Uma tal apropriação mostra que o uso e o valor de uso podem dominar a troca e o valor de troca. Quanto ao acontecimento revolucionário, ele geralmente ocorre na rua (em caso de ameaça, a primeira imposição do poder é a interdição à permanência e à reunião na rua). Isso não mostra também que sua desordem engendra uma outra ordem?
O espaço urbano da rua não é o lugar da palavra, o lugar da troca pelas palavras e signos, assim como pelas coisas? Não é o lugar privilegiado no qual se escreve a palavra? Onde ela pôde tornar-se “selvagem” e inscrever-se nos muros, escapando das prescrições e instituições?
A rua? É o lugar (topia) do encontro, sem o qual não existem outros encontros possíveis nos lugares determinados (cafés, teatros, salas diversas). Esses lugares privilegiados animam as ruas e são favorecidos por sua animação, ou então não existem. Na rua, teatro espontâneo, torno-me espetáculo e espectador, às vezes ator. Nela efetua-se o movimento, a mistura, sem os quais não há vida urbana, mas separação, segregação estipulada e imobilizada. Quando se suprimiu a rua (desde Le Corbusier, nos “novos conjuntos”), viu-se as consequências: a extinção da vida, a redução da “cidade” a dormitório, a aberrante funcionalização da existência. A rua contém as funções negligenciadas por Le Corbusier: a função informativa, a função simbólica, a função lúdica. Nela joga-se, nela aprende-se.
A rua é a desordem? Certamente. Todos os elementos da vida urbana, noutra parte congelados numa ordem imóvel e redundante, liberam-se e afluem às ruas e por elas em direção aos centros; aí se encontram, arrancados de seus lugares fixos. Essa desordem vive. Informa. Surpreende. Além disso, essa desordem constrói uma ordem superior. Os trabalhos de Jane Jacobs mostraram que nos Estados Unidos, a rua (movimentada, frequentada) fornece a única segurança possível contra a violência criminal (roubo, estupro, agressão). Onde quer que a rua desapareça, a criminalidade aumenta, se organiza. Na rua, e por esse espaço, um grupo (a própria cidade) se manifesta, aparece, apropria-se dos lugares, realiza um tempo-espaçȯ apropriado. Uma tal apropriação mostra que o uso e o valor de uso podem dominar a troca e o valor de troca. Quanto ao acontecimento revolucionário, ele geralmente ocorre na rua (em caso de ameaça, a primeira imposição do poder é a interdição à permanência e à reunião na rua). Isso não mostra também que sua desordem engendra uma outra ordem?
O espaço urbano da rua não é o lugar da palavra, o lugar da troca pelas palavras e signos, assim como pelas coisas? Não é o lugar privilegiado no qual se escreve a palavra? Onde ela pôde tornar-se “selvagem” e inscrever-se nos muros, escapando das prescrições e instituições?
Arte e um homem rico..
“Eu quero falar sobre um pobre homem rico. Ele tinha dinheiro e posses, uma esposa fiel para beijar e afastar as preocupações dos negócios e um bando de crianças de dar inveja até ao mais pobre dos seus empregados. Tudo em que pôs suas mãos prosperou e por isso ele era amado por seus amigos. Mas hoje tudo é muito diferente. Contarei como isso ocorreu.
Um dia este homem falou para si mesmo: “Você tem dinheiro e posses, uma esposa fiel, um bando de crianças de dar inveja até ao mais pobre dos seus empregados, mas você está realmente feliz? Você vê que existe pessoas que não têm nenhuma dessas coisas pelas quais é invejado, mas suas preocupações são totalmente apagadas por um grande mágico: Arte! Mas o que é arte para você? Você sequer sabe o nome de um artista. Qualquer esnobe poderia bater à porta e seu servo iria pô-lo adentro. No entanto, você nunca recebeu Arte! Com certeza ela nunca viria. Mas agora eu vou chamá-la. Deverá ser recebida em minha casa como uma rainha que veio morar comigo.”
Ele era um homem poderoso, realizava com grande energia qualquer coisa que assumisse. Era sua maneira habitual de fazer negócios. E assim, no mesmo dia foi a um famoso arquiteto de interiores e disse: “Traga-me Arte, Arte sob meu próprio teto! Dinheiro não importa!”
O arquiteto não precisou ouvir duas vezes. Ele foi até a casa do homem e imediatamente jogou fora todos os seus móveis. Lá deixou trabalhando pintores, pedreiros, serralheiros, carpinteiros, instaladores, oleiros escultores etc.
Você nunca viu os gostos de Arte que foram capturados e tão bem tratados em cada canto da casa do homem rico.
O homem rico ficou radiante. Entusiasmado, passou pelas novas salas. Arte por toda parte! Arte em tudo e qualquer coisa. Quando segurou uma maçaneta, segurou Arte. Quando se afundou em uma cadeira, se afundou em Arte. Quando esticou seus ossos cansados sob o travesseiro, ele se esticou em Arte. Seus pés afundaram em Arte quando ele andou pelo tapete. Ele se entregou à Arte com fervor escandaloso. Desde que seus pratos foram artisticamente decorados, ele cortou seu bife à l’oignon com muito mais energia.
As pessoas o elogiavam e invejavam. As revistas de Arte glorificavam seu nome como um dos principais patronos das artes. Suas salas foram usadas como exemplos para o público, estudadas, descritas, explicadas.
Valeu a pena. Cada quarto era uma completa sinfonia individual de cores. Paredes, móveis e tecidos foram feitos sofisticadamente em perfeita harmonia uns com os outros. Cada aplicação teve seu próprio lugar, e estava ligada as outras, em combinações maravilhosas.
O arquiteto nada esqueceu, absolutamente nada. Tudo desde o cinzeiro e talheres até o porta-velas havia sido combinado e relacionado. Não foi uma obra banal de arquitetura. Em cada ornamento, em cada forma, em cada detalhe a individualidade do proprietário podia ser encontrada (um trabalho psicológico de tais complicações deixava isso claro para qualquer um).
O arquiteto recusou modestamente todas as honras, dizendo apenas: “Essas salas não são para mim, lá no canto está uma estátua do Charpentier. Da mesma forma que alguém me desagradaria caso afirmasse ter projetado uma das salas apenas por usar uma de minhas maçanetas, tão pouco como posso eu reivindicar estes quartos como projetos meus?” Isto foi nobre e conseqüentemente dito. Muitos carpinteiros que, talvez, usaram um papel de parede de Walter Crane e queriam o crédito pelos móveis porque eles haviam criado e executado, ficaram envergonhados nas profundezas de suas almas negras, por como puderam aprender esta palavra.
Após tergiversarmos, voltemos ao nosso homem rico. Já havia dito como ele estava radiante. A partir daí dedicou grande parte do seu tempo ao estudo da sua habitação. Tudo estava por aprender; percebeu isto bastante cedo. Havia muito a ser notado. Cada coisa teve seu lugar definido. O arquiteto fez o melhor para ele. Pensou tudo com antecedência. Havia um lugar definido mesmo para a menor situação, feito especialmente para isto.
A casa era confortável, mas era um rígido trabalho mental. Nas primeiras semanas o arquiteto inspecionou o dia-a-dia da família, de modo que nada incorresse em erros. O homem rico empenho-se duramente. Ainda assim houve quando ele pôs sem pensar um livro no classificador indicado para os jornais. Ou quando bateu a cinza do charuto no espaço do castiçal. Se pegava algo, a infinita procura pelo lugar certo de devolvê-lo começava. Às vezes o arquiteto tinha que consultar as plantas para redescobrir o lugar correto da caixa de fósforos.
Quando se vivencia experiências de arte aplicada, a música não pode ficar para trás. Essa idéia manteve o homem rico bastante ocupado. Ele sugeriu à companhia de bondes substituir o toque sem sentido dos sinos dos trens pelo toque dos sinos da Parsifal. Não houve concessão. Obviamente eles não estavam preparados para um conceito tão moderno. No entanto, assumindo os custos, foi autorizado a alterar o calçamento em frente a sua casa, de modo que os carros passassem ao ritmo da Marcha Radetzky. Até a campainha da sua casa ganhou novos arranjos de Wagner e Beethoven. Todos os críticos de arte competentes se enchiam de elogios ao homem que abriu um novo espaço de “arte como commodity”.
Pode-se imaginar que todas essas melhorias tornariam o homem mais feliz.
Porém não podemos esconder o fato de que ele tentava permanecer em casa o mínimo possível. Agora e mais tarde era preciso um descanso de tanta arte. Você conseguiria viver em uma galeria de arte? Ou sentar por meses com Tristão e Isolda? Quem poderia culpá-lo por juntar forças em restaurantes, cafés, com amigos e conhecidos antes de enfrentar sua própria casa? Ele esperava algo diferente. Mas a Arte exige sacrifício. Ele sacrificou muito, seus olhos se enchiam de lágrimas. Ele pensou em todas as velharias que guardava com tanto carinho e foram jogadas fora. A poltrona! Todo dia seu pai fazia nela a sesta. O velho relógio, os quadros antigos! Arte exige isso! Não se lamente!
Certo dia comemoraram seu aniversário. Sua esposa e seus filhos lhe deram muitos presentes. Ficou muito contente com todos eles, trouxeram muita felicidade e alegria. Mais tarde o arquiteto apareceu, com seu direito de verificar a colocação dos objetos e responder perguntas complicadas. Ele entrou na sala. O homem rico, que tinha muitas preocupações em sua mente, veio cumprimentá-lo calorosamente.
O arquiteto não percebeu a felicidade do homem rico, mas descobriu alguma coisa que tirou a cor do seu rosto. “Por que você está com essas sandálias?”, perguntou.
O dono da casa olhou para as sandálias bordadas e suspirou de alívio. O calçado fazia parte do projeto original do próprio arquiteto. Desta vez ele se sentiu inocente. Respondeu pensativo:
“Mas senhor Arquiteto! Esqueceu-se? Você mesmo projetou essas sandálias!”
“Certamente!” trovejou o arquiteto. “Mas eles são para o quarto! Com peças dessa cor você destrói toda a atmosfera. Não percebe?”
O homem rico tirou as sandálias imediatamente. Ficou extremamente satisfeito pelo arquiteto não achar suas meias ofensivas. Entraram no quarto, onde o homem rico estava autorizado a pôr as sandálias de volta.
“Ontem”, começou timidamente “eu comemorei meu aniversário. Minha família me deu toneladas de presentes. Mandei chamá-lo de modo que pudesse nos dar conselhos sobre onde devemos colocar todas as coisas novas”
O rosto do arquiteto ficou visivelmente maior. Em seguida, soltou:
“Como se atreve a receber presentes? Eu não desenhei tudo para você? Não tenho tomado conta de tudo? Você não precisa de mais nada. Você está completo!” “Mas” o homem rico respondeu “eu deveria ser autorizado a comprar as coisas.”
“Não, você não está autorizado, nunca, jamais! Era só o que me faltava! coisas! que não foram desenhadas por mim! Eu não fiz o bastante, eu não pus o Charpentier aqui para você? Essa estátua que rouba toda a fama do meu trabalho! Não, você não está autorizado a comprar mais nada!”
“Mas e quando o meu netinho traz de presente algo do jardim de infância?”
“Você não está autorizado a pegar!”
O homem rico foi dizimado, mas ele ainda não tinha perdido. Uma ideia! Sim! Uma idéia!
“E quando eu quiser ir à Secessão para comprar uma pintura?” perguntou triunfante.
“Tente pendurá-la em algum lugar. Não vê que não há lugar para mais nada? Para cada pintura que pendurei aqui há uma moldura na parede. Você não pode mover nada. Experimente encaixar uma nova pintura!”
Então algo mudou dentro do homem rico. O homem feliz de repente sentiu-se profundamente triste. Viu sua vida futura. Ninguém seria autorizado a conceder-lhe alegria.
Ele teria que passar pelas lojas da cidade, perfeito, completo. Nada nunca mais seria feito para ele. Nenhum de seus entes queridos seria autorizado a dar-lhe uma pintura. Para ele, não poderia haver mais pintores, artistas, artesãos. Ele foi isolado da vida futura e de seus esforços, sua evolução, seus desejos. Ele sentiu: Agora é hora de aprender a andar com o próprio cadáver. Certamente ele está finalizado! Está completo!
Um dia este homem falou para si mesmo: “Você tem dinheiro e posses, uma esposa fiel, um bando de crianças de dar inveja até ao mais pobre dos seus empregados, mas você está realmente feliz? Você vê que existe pessoas que não têm nenhuma dessas coisas pelas quais é invejado, mas suas preocupações são totalmente apagadas por um grande mágico: Arte! Mas o que é arte para você? Você sequer sabe o nome de um artista. Qualquer esnobe poderia bater à porta e seu servo iria pô-lo adentro. No entanto, você nunca recebeu Arte! Com certeza ela nunca viria. Mas agora eu vou chamá-la. Deverá ser recebida em minha casa como uma rainha que veio morar comigo.”
Ele era um homem poderoso, realizava com grande energia qualquer coisa que assumisse. Era sua maneira habitual de fazer negócios. E assim, no mesmo dia foi a um famoso arquiteto de interiores e disse: “Traga-me Arte, Arte sob meu próprio teto! Dinheiro não importa!”
O arquiteto não precisou ouvir duas vezes. Ele foi até a casa do homem e imediatamente jogou fora todos os seus móveis. Lá deixou trabalhando pintores, pedreiros, serralheiros, carpinteiros, instaladores, oleiros escultores etc.
Você nunca viu os gostos de Arte que foram capturados e tão bem tratados em cada canto da casa do homem rico.
O homem rico ficou radiante. Entusiasmado, passou pelas novas salas. Arte por toda parte! Arte em tudo e qualquer coisa. Quando segurou uma maçaneta, segurou Arte. Quando se afundou em uma cadeira, se afundou em Arte. Quando esticou seus ossos cansados sob o travesseiro, ele se esticou em Arte. Seus pés afundaram em Arte quando ele andou pelo tapete. Ele se entregou à Arte com fervor escandaloso. Desde que seus pratos foram artisticamente decorados, ele cortou seu bife à l’oignon com muito mais energia.
As pessoas o elogiavam e invejavam. As revistas de Arte glorificavam seu nome como um dos principais patronos das artes. Suas salas foram usadas como exemplos para o público, estudadas, descritas, explicadas.
Valeu a pena. Cada quarto era uma completa sinfonia individual de cores. Paredes, móveis e tecidos foram feitos sofisticadamente em perfeita harmonia uns com os outros. Cada aplicação teve seu próprio lugar, e estava ligada as outras, em combinações maravilhosas.
O arquiteto nada esqueceu, absolutamente nada. Tudo desde o cinzeiro e talheres até o porta-velas havia sido combinado e relacionado. Não foi uma obra banal de arquitetura. Em cada ornamento, em cada forma, em cada detalhe a individualidade do proprietário podia ser encontrada (um trabalho psicológico de tais complicações deixava isso claro para qualquer um).
O arquiteto recusou modestamente todas as honras, dizendo apenas: “Essas salas não são para mim, lá no canto está uma estátua do Charpentier. Da mesma forma que alguém me desagradaria caso afirmasse ter projetado uma das salas apenas por usar uma de minhas maçanetas, tão pouco como posso eu reivindicar estes quartos como projetos meus?” Isto foi nobre e conseqüentemente dito. Muitos carpinteiros que, talvez, usaram um papel de parede de Walter Crane e queriam o crédito pelos móveis porque eles haviam criado e executado, ficaram envergonhados nas profundezas de suas almas negras, por como puderam aprender esta palavra.
Após tergiversarmos, voltemos ao nosso homem rico. Já havia dito como ele estava radiante. A partir daí dedicou grande parte do seu tempo ao estudo da sua habitação. Tudo estava por aprender; percebeu isto bastante cedo. Havia muito a ser notado. Cada coisa teve seu lugar definido. O arquiteto fez o melhor para ele. Pensou tudo com antecedência. Havia um lugar definido mesmo para a menor situação, feito especialmente para isto.
A casa era confortável, mas era um rígido trabalho mental. Nas primeiras semanas o arquiteto inspecionou o dia-a-dia da família, de modo que nada incorresse em erros. O homem rico empenho-se duramente. Ainda assim houve quando ele pôs sem pensar um livro no classificador indicado para os jornais. Ou quando bateu a cinza do charuto no espaço do castiçal. Se pegava algo, a infinita procura pelo lugar certo de devolvê-lo começava. Às vezes o arquiteto tinha que consultar as plantas para redescobrir o lugar correto da caixa de fósforos.
Quando se vivencia experiências de arte aplicada, a música não pode ficar para trás. Essa idéia manteve o homem rico bastante ocupado. Ele sugeriu à companhia de bondes substituir o toque sem sentido dos sinos dos trens pelo toque dos sinos da Parsifal. Não houve concessão. Obviamente eles não estavam preparados para um conceito tão moderno. No entanto, assumindo os custos, foi autorizado a alterar o calçamento em frente a sua casa, de modo que os carros passassem ao ritmo da Marcha Radetzky. Até a campainha da sua casa ganhou novos arranjos de Wagner e Beethoven. Todos os críticos de arte competentes se enchiam de elogios ao homem que abriu um novo espaço de “arte como commodity”.
Pode-se imaginar que todas essas melhorias tornariam o homem mais feliz.
Porém não podemos esconder o fato de que ele tentava permanecer em casa o mínimo possível. Agora e mais tarde era preciso um descanso de tanta arte. Você conseguiria viver em uma galeria de arte? Ou sentar por meses com Tristão e Isolda? Quem poderia culpá-lo por juntar forças em restaurantes, cafés, com amigos e conhecidos antes de enfrentar sua própria casa? Ele esperava algo diferente. Mas a Arte exige sacrifício. Ele sacrificou muito, seus olhos se enchiam de lágrimas. Ele pensou em todas as velharias que guardava com tanto carinho e foram jogadas fora. A poltrona! Todo dia seu pai fazia nela a sesta. O velho relógio, os quadros antigos! Arte exige isso! Não se lamente!
Certo dia comemoraram seu aniversário. Sua esposa e seus filhos lhe deram muitos presentes. Ficou muito contente com todos eles, trouxeram muita felicidade e alegria. Mais tarde o arquiteto apareceu, com seu direito de verificar a colocação dos objetos e responder perguntas complicadas. Ele entrou na sala. O homem rico, que tinha muitas preocupações em sua mente, veio cumprimentá-lo calorosamente.
O arquiteto não percebeu a felicidade do homem rico, mas descobriu alguma coisa que tirou a cor do seu rosto. “Por que você está com essas sandálias?”, perguntou.
O dono da casa olhou para as sandálias bordadas e suspirou de alívio. O calçado fazia parte do projeto original do próprio arquiteto. Desta vez ele se sentiu inocente. Respondeu pensativo:
“Mas senhor Arquiteto! Esqueceu-se? Você mesmo projetou essas sandálias!”
“Certamente!” trovejou o arquiteto. “Mas eles são para o quarto! Com peças dessa cor você destrói toda a atmosfera. Não percebe?”
O homem rico tirou as sandálias imediatamente. Ficou extremamente satisfeito pelo arquiteto não achar suas meias ofensivas. Entraram no quarto, onde o homem rico estava autorizado a pôr as sandálias de volta.
“Ontem”, começou timidamente “eu comemorei meu aniversário. Minha família me deu toneladas de presentes. Mandei chamá-lo de modo que pudesse nos dar conselhos sobre onde devemos colocar todas as coisas novas”
O rosto do arquiteto ficou visivelmente maior. Em seguida, soltou:
“Como se atreve a receber presentes? Eu não desenhei tudo para você? Não tenho tomado conta de tudo? Você não precisa de mais nada. Você está completo!” “Mas” o homem rico respondeu “eu deveria ser autorizado a comprar as coisas.”
“Não, você não está autorizado, nunca, jamais! Era só o que me faltava! coisas! que não foram desenhadas por mim! Eu não fiz o bastante, eu não pus o Charpentier aqui para você? Essa estátua que rouba toda a fama do meu trabalho! Não, você não está autorizado a comprar mais nada!”
“Mas e quando o meu netinho traz de presente algo do jardim de infância?”
“Você não está autorizado a pegar!”
O homem rico foi dizimado, mas ele ainda não tinha perdido. Uma ideia! Sim! Uma idéia!
“E quando eu quiser ir à Secessão para comprar uma pintura?” perguntou triunfante.
“Tente pendurá-la em algum lugar. Não vê que não há lugar para mais nada? Para cada pintura que pendurei aqui há uma moldura na parede. Você não pode mover nada. Experimente encaixar uma nova pintura!”
Então algo mudou dentro do homem rico. O homem feliz de repente sentiu-se profundamente triste. Viu sua vida futura. Ninguém seria autorizado a conceder-lhe alegria.
Ele teria que passar pelas lojas da cidade, perfeito, completo. Nada nunca mais seria feito para ele. Nenhum de seus entes queridos seria autorizado a dar-lhe uma pintura. Para ele, não poderia haver mais pintores, artistas, artesãos. Ele foi isolado da vida futura e de seus esforços, sua evolução, seus desejos. Ele sentiu: Agora é hora de aprender a andar com o próprio cadáver. Certamente ele está finalizado! Está completo!
Cibernautas é 2012
Olá cibernautas.
Espero que se encontrem bem, estavelmente, e com saúde dentro dos possíveis.
Escrevo alguns apontamentos de Filosofia que tenho de analisar:
Aqueles que exaltam o poder da vontade e menosprezam o poder do meio desmentem as suas palavras pelos seus actos.
Simplificado -> Aqueles que en
Aqueles que exaltam/glorificam/engradecem o poder da vontade e menosprezam/desprezam o poder do meio desmentem/contradizem/contestam as suas palavras pelos seus actos.
Espero que se encontrem bem, estavelmente, e com saúde dentro dos possíveis.
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