O homem é um ser complexo, capaz de se adaptar aos mais diversose precisosambientes , é um ser multifacetado que age de acordo com o que o momento o pede, ninguém pode ser um ser só centrado,pois a própria vida também é multifacetada,ou seja é feita de momentos e cada momento deve ser vivido de maneira diferente sem perder a essência do ser.
Essa multidimensionalidadetanto interna quanto externa, vem ser necessária ao ser como modo deviver em sintonia coma sociedade, pois se o homem pudesse chegar ao ponto de se auto individualizar com apenas uma linhade ser , correria o risco de ser excluído da sociedade.
O ser multidimensional pode ser dividido em quatro dimensões: biológica, psíquica, social e espiritual, vejamos a seguir como se dá o desenvolvimento do ser-eu apartir destas dimensões nos dias atuais.
Do ponto de vista psíquicosabemos queo homematravés dos séculos vem buscando um sentido para a existência , conhecer a si mesmo , e dessa forma encontrar a tão almejada felicidade , erealmente apenas conhecendo a si, que podemos conhecer aos outros e entender suas atitudes, pois o homem tem toda a verdade implícita em si, talvez ,se partimos para o lado religioso, esse seja o pouco de Deus que todos temos, pois se pararmos para ouvir a si próprio nas situações mais difíceis ou em questões a serem resolvidas , certamente encontraremos a respostas corretas , a popularmente chamada voz da consciência, mesmo que você não as queira ouvir, todas as respostas estão em nosso interior, isto seria deixar uma espécie defenomenologia brotar ,fugindo de padrões extremamente racionais e subjetivos.
Do ponto de vista social, temos varias opiniões e teorias, em torno da formação do homem e sua personalidade, seria genético?. Seria seu ambientesocial ?, o responsável pelo que o ser humano se torna?
Segundo Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712 Ermenonville, 2 de Julho de 1778), filosofo iluminista ,
"..todo homem nasce bom a sociedade é queocorrompe"...
podemos interpretar esta teoria também ´de outra forma ,questionado o que seria este "bom",. Bom para receber ensinamentos bons e bom para receber ensinamentos maus, dessa formas o homem nasceria vazio, esperando seu preenchimento de acordo com seu destino.
Poderíamos então tomar a s palavras do sábio Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de Junho de 1905 Paris, 15 de Abril de 1980)filosofo existencialista:
"somos aquilo que fazemos do que fizeram de nós..."
este pensamento reúne bem os dois extremos, o ambiente em que o homem vive, e o que o homem faz de si partir deste ambiente, não insentando o homem de responsabilidades sobre asua personalidade.
O ser humano se torna capaz de se adaptar tanto com o bom quanto o mal, segundo estudos do sociólogo alemãoGeorg Simmel (Berlim 1 de maio de 1858 Estrasburgo, 28 de Setembro de 1918), esse processo acontece devido a teoria dos impulsos nervosos, que faz com que fatos cotidianos , como a violência, sejam amenizados , devido a seqüência de fatos, e dessa maneira o cérebro humano acaba se "acostumando¨", e faz com este perca de certa forma uma indignação primeira sobreo fato, ou talvezseja necessária essa adaptação como instinto de sobrevivência psicológica na sociedade.
Do ponto de vista biológico o corpo é constituído de tronco , membros , e cabeça, mesmo que você tenha todos estes em perfeito estado , na realidade não é o bastante, pois mais uma vez a vida social pede que você seje mais, você precisa ter um corpo padrão , magro, como impõe a sociedade através da mídia que monopoliza o pensamento humano.
Se faz necessário também um visualmuitas vezes composto por roupas de marcas , grifes, também regras impostas pela mídia, que exibe cada vez mais corpos perfeitos, raridades se comparados a totalidade da população mundial, mais apenas este são enfatizados e tomados como exemplos , o que faz cada vez mais pessoas recorrerem a todo tipo de situação que lhes pareça a oportunidade de serem como lhes são proposto, como em cirurgias plásticas nas quais ela arriscam suas vidas com o propósito de serem aceitas e dessa forma mais felizes.
Ainda existe implícito no homem a espiritualidade , onde esse situa essência de todo o ser,e é onde o homem a mantém preservada , pois esta é livre de influencias do mundo externo .Quando o homem deixa de lado seu espiritualismo, vive apenas mecanicamente,e infeliz , podemos perceber que cada vez mais a depressão assola o homem, considerada doença do século talvez porquenunca o homem foi tão cobrado, tão tecnológico, nunca teve de ser tão pratico , móvel, transformável, fazendo-o perder uma parte de sua verdadeira essência , tendo de se adaptar para manter sua sobrevida.
Concluindo o ser eu mesmo da pessoa humana se da apartir do momento em que esta consegue conciliar seu ser individual e seu ser social, o seja viver harmoniosamente em sociedade , respeitando os direitos alheios , sem perder sua individualidade e através de uma busca interior descobrir e preservar sua essência .
Ter o poder de discernir entre o que é bom pra si e o que é ruim,e podendo controlar ate que ponto a sociedade e o ambiente podem influenciar em sua personalidade.
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Bibliografia:
FILOSOFANDO, INTRODUÇÃO Á FILOSOFIA ,MARIA LUCIA DE ARRUDAARANHA , MARIA HELENA PIRES MARTINS
SITE: WWW.MUNDODOS FILOSOFOS .COM.BR
DATA DE ACESSO:17/11/09 22:00HS
Site: http://www.aguaforte.com/antropologia/homem.htm
DATA DE ACESSO: 18/11/2009
Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/o-homem-em-sua-multidimensionalidade/32815/#ixzz3U16ecCLM
Fonte : http://www.webartigos.com/artigos/o-homem-em-sua-multidimensionalidade/32815/
Lê e sente, algumas aulas de escrita e diálogo de línguas latinas, notícias estonteantes e é claro o meu Blog.
Um abraço e apreciem o momento.
Tuesday, March 10, 2015
Monday, March 09, 2015
Michael Dell & Bill Gates Entrevistas !
fonte: http://www.c-span.org/video/?324654-1/michael-dell-remarks-economic-club-washington
MARCH 4, 2015
Michael Dell Remarks at the Economic Club of Washington
Michael Dell, founder and chief executive of computer technology firm Dell Inc., delivered keynote remarks before a breakfast event hosted by the Economic Club of Washington. He talked about his experience of dropping out of college and starting his company at the age of 19, and the ongoing impact of technology and innovation on the global economy.
Março 4, 2015
Michael Dell observações no Clube Económico de Washington
Michael Dell , fundador e executivo-chefe da empresa de tecnologia de computadores Dell Inc., entregou observações keynote antes de um evento de pequeno-almoço organizada pelo Clube Econômico de Washington. Ele falou sobre a sua experiência de abandonar a faculdade e iniciar sua empresa com a idade de 19 anos, e o impacto contínuo da tecnologia e da inovação na economia global.
Bill Gates entrevista com Charlie Rose
http://www.hulu.com/watch/586723
MARCH 4, 2015
Michael Dell Remarks at the Economic Club of Washington
Michael Dell, founder and chief executive of computer technology firm Dell Inc., delivered keynote remarks before a breakfast event hosted by the Economic Club of Washington. He talked about his experience of dropping out of college and starting his company at the age of 19, and the ongoing impact of technology and innovation on the global economy.
Março 4, 2015
Michael Dell observações no Clube Económico de Washington
Michael Dell , fundador e executivo-chefe da empresa de tecnologia de computadores Dell Inc., entregou observações keynote antes de um evento de pequeno-almoço organizada pelo Clube Econômico de Washington. Ele falou sobre a sua experiência de abandonar a faculdade e iniciar sua empresa com a idade de 19 anos, e o impacto contínuo da tecnologia e da inovação na economia global.
Bill Gates entrevista com Charlie Rose
http://www.hulu.com/watch/586723
Polímata - Estás incluído?
Polímata
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um polímata (do grego πολυμαθής, transl. polymathēs, lit. "aquele que aprendeu muito")1 é uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área. Em termos menos formais, um polímata pode referir-se um simplesmente a alguém que detém um grande conhecimento. Muitos dos cientistas antigos foram polímatas de acordo com os padrões atuais.2
Os termos do homem renascentista e, menos comumente, do homo universalis (em latim: "homem universal" ou "homem do mundo") estão relacionados e são usados para descrever uma pessoa bem educada ou que se sobressai numa variedade de áreas.3 Esta idéia se desenvolveu durante a renascença italiana, da noção expressada por um de seus representantes mais conhecidos, Leon Battista Alberti (1404—1472): que "um homem pode fazer todas as coisas que quiser". Isto incorporou os termos básicos do humanismo renascentista, que considerava o homem forte e ilimitado em suas capacidades, e levou à noção de que as pessoas deveriam abraçar todo o conhecimento e desenvolver suas capacidades ao máximo possível. Ainda, os renascentistas mais talentosos procuraram desenvolver suas habilidades em todas as áreas do conhecimento, no desenvolvimento físico, conquistas sociais e nas artes.
Polímatas brasileiros notórios teriam sido Gerardo Mello Mourão, Rui Barbosa4 e Gilberto Freyre5 .
§Heráclito[editar | editar código-fonte]
O filósofo grego Heráclito de Éfeso usou do termo polymathía para criticar filósofos, poetas e historiadores, mas sobretudo a Homero, célebre poeta grego, em cuja pluralidade de conhecimentos tornava o discurso superficial. Para Heráclito, não se poderia abraçar um discurso generalista, ou discorrer sobre aquilo a que não se tem conhecimento de fato (como quando num texto ficcional, o poeta descreve hábitos e atividades que não lhe são característicos na realidade).
Por conta disso, considera os polímatas como adversários do logos, quem procura absorver o máximo de conhecimentos gerais, sem contudo buscar entender a própria natureza (physis) -- qual só pode ser desvendada através do logos.
fonte: http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/conhecimento.html
*Publicado na Folha de São Paulo - Caderno MAIS! - 11/05/2003
É comum hoje falar da "organização do conhecimento" como se a produção do conhecimento ocorresse em uma grande fábrica. Nessa organização há lugar para diferentes papéis intelectuais. De fato, com certeza é preciso haver uma variedade considerável de tais papéis; para administradores intelectuais, por exemplo, para integrantes de equipes de pesquisa e para eruditos isolados. Além dos milhares de profissionais que atuam nas diversas áreas de conhecimento, há também um papel, mesmo hoje, para o amador e também para o polímata, o erudito que se dedica em casa a muitas (ou pelo menos diversas) disciplinas intelectuais. O polímata ainda não está totalmente extinto enquanto espécie intelectual, mas com certeza está ameaçado. A palavra "polímata" surgiu no século 17. No mundo antigo e na Idade Média européia, não se falava em polímatas porque se supunha que os eruditos tivessem um vasto aprendizado e que alguns aspirassem ao "enciclopedismo", em outras palavras, a um conhecimento de todo o "curso" ou "currículo" de estudos (esses termos originalmente evocavam uma imagem vívida de atletas intelectuais, de antigos estudantes gregos correndo em volta de um estádio).
Mau Sinal
No século 17, no entanto, a nova palavra "polímata" se tornou corrente em latim, francês, inglês e alemão. Pode-se dizer que a invenção da nova palavra foi um mau sinal. De qualquer forma, foi um sinal da crescente consciência da existência de um problema, o problema do que pode ser chamado de uma crescente "crise de conhecimento". Graças à descoberta do Novo Mundo e à revolução científica, boa parte do novo conhecimento entrou em circulação na Europa, e a prensa tipográfica permitiu que esse conhecimento, mais do que nunca, atingisse um número muito maior de pessoas. Infelizmente houve um preço a pagar por esse progresso intelectual. Em 1550 já começaram a surgir reclamações de que tantos livros haviam sido impressos que ninguém tinha tempo nem sequer de ler os títulos, muito menos de descobrir os conteúdos. No final do século 16, alguns europeus liam a história de dr. Fausto, um homem com uma sede insaciável de conhecimento, enquanto outros assistiam a uma peça de teatro sobre o mesmo tema. No entanto Fausto não foi apresentado aos leitores ou espectadores como um herói, mas como uma advertência que teve um final infeliz, sendo arrastado para o inferno no final da peça. Em todo caso, se Fausto era incapaz de aprender o que queria saber sem a ajuda do demônio, então o velho ideal enciclopédico de conhecimento universal estava certamente ameaçado. Em 1600, começava a tornar-se impossível dominar todos os campos do conhecimento acadêmico (sem contar os muitos tipos de conhecimento prático) e, por essa razão, os relativamente raros eruditos que faziam descobertas em várias disciplinas diferentes vieram a ser conhecidos como "polímatas". Esse talvez seja o termo mais apropriado para descrever Francis Bacon e Gottfried Wilhelm Leibniz, que hoje são mais conhecidos como "filósofos", apesar de a filosofia ser apenas uma das áreas às quais fizeram contribuições originais. Leibniz, por exemplo, fez importantes contribuições à matemática, história, direito e linguística. A carapuça de polímata também serviu ao jesuíta alemão Athanasius Kircher, que escreveu (entre outras coisas) sobre China, Egito, magnetismo, matemática, mineração e música. Da mesma forma, Isaac Newton não se restringiu aos estudos da gravidade e da ótica, que lhe valeram sua reputação internacional. Estudou sobre cronologia e alquimia e atuava na vida pública como Mestre da Casa da Moeda, certificando-se de que as moedas ali fabricadas eram de boa qualidade. No século 18, no entanto, os estudiosos foram obrigados a ser mais modestos. As enciclopédias, que antes haviam sido compiladas por eruditos individuais, foram entregues a equipes de colaboradores, como as 135 pessoas que escreveram a famosa "Encyclopédie" francesa, sob a direção de Denis Diderot. As enciclopédias estavam substituindo o enciclopedismo. Em outras palavras, cada vez mais os eruditos buscavam informações quando precisavam, em vez de saberem a resposta de antemão.
Em 1550 já começaram a surgir reclamações de que tantos livros haviam sido impressos que ninguém tinha tempo nem sequer de ler os títulos
"Homem multifacetado"
No século 19, o surgimento de várias palavras novas, como "perito", "profissional", "cientista" e "especialista", foi um sinal de que a divisão do trabalho intelectual havia se expandido ainda mais. Em épocas anteriores, o curso universitário básico para todos era constituído das sete artes liberais, que iam de retórica a astronomia, mas, depois de 1800, estudantes começaram a se especializar em uma disciplina de um "departamento" (outro termo novo). Seus professores também estavam se tornando especialistas.
Houve uma certa resistência à tendência, notadamente na Inglaterra, onde o ideal do "gentleman" amador persistiu até o século 20, mas a especialização acabou triunfando. Surgiu um abismo entre as ciências naturais e as humanidades (as famosas "duas culturas"), seguido pela separação entre física e química, sociologia e psicologia e assim por diante.
Foi nesse contexto que o historiador suíço Jacob Burckhardt, ele próprio artista, poeta e músico, bem como jornalista e historiador, descobriu o tipo que denominou o "homem multifacetado" do Renascimento, incluindo Leonardo da Vinci. Durante o próprio Renascimento, uma ampla variedade de interesses intelectuais não foi reconhecida. Na época de Burckhardt, Leonardo tornou-se o símbolo de um "paraíso perdido" intelectual e um meio para que o historiador criticasse seu próprio tempo.
A divisão do trabalho intelectual, como a divisão do trabalho de forma geral, possui vantagens óbvias. Coletivamente, a raça humana sabe mais hoje do que nunca antes. O preço que pagamos, no entanto, é alto. Como indivíduos, sabemos menos do que nossos ancestrais, ou, mais exatamente, sabemos cada vez mais sobre cada vez menos. Tentativas de lutar contra a tendência à especialização e à fragmentação têm sido feitas, mas seu sucesso tem sido limitado. A história intelectual é a história de um longo afastamento do conhecimento geral acompanhado por uma série de ações significativas de retaguarda.
Em nível coletivo, têm havido muitas tentativas de promover abordagens interdisciplinares, como no caso dos "estudos culturais", uma combinação de literatura, história, sociologia etc. O problema é que, a partir da segunda geração, novas disciplinas tendem a se formar, e a revolta contra a especialização precisa recomeçar do zero.
Alguns polímatas do século 20 também conseguiram resistir às pressões da especialização. No Brasil, eles incluíram Gilberto Freyre. Nos Estados Unidos, pensa-se em Lewis Mumford, que escreveu sobre arquitetura, cidades e sociedade e que gostava de se auto-intitular um "generalista", não um especialista. Na França, havia Michel de Certeau, que se considerava modestamente um historiador, mas também estudou psicanálise e fez contribuições à antropologia e à sociologia, bem como à filosofia e à teologia. Na Inglaterra, Joseph Needham atuou como bioquímico antes de se dedicar à história da China.
Espera-se que eles não sejam os últimos dos dinossauros. Mas certamente o serão, caso as universidades e os governos não considerarem a construção de um habitat intelectual no qual as espécies ameaçadas possam sobreviver.
Peter Burke é historiador inglês, autor de "Uma História Social do Conhecimento" (Jorge Zahar Editor) e "O Renascimento Italiano" (ed. Nova Alexandria). Escreve regularmente na seção "Autores", do Mais!.
Tradução de Leslie Benzakein.
Fontes:
http://tifefa620.blogspot.com/2013_03_01_archive.html
http://tifefa620.blogspot.com/2013/03/o-homem-multifacetado-e-competitivo.html
http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/conhecimento.html
http://creatingminds.org/quotes/knowledge.htm
http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um polímata (do grego πολυμαθής, transl. polymathēs, lit. "aquele que aprendeu muito")1 é uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área. Em termos menos formais, um polímata pode referir-se um simplesmente a alguém que detém um grande conhecimento. Muitos dos cientistas antigos foram polímatas de acordo com os padrões atuais.2
Os termos do homem renascentista e, menos comumente, do homo universalis (em latim: "homem universal" ou "homem do mundo") estão relacionados e são usados para descrever uma pessoa bem educada ou que se sobressai numa variedade de áreas.3 Esta idéia se desenvolveu durante a renascença italiana, da noção expressada por um de seus representantes mais conhecidos, Leon Battista Alberti (1404—1472): que "um homem pode fazer todas as coisas que quiser". Isto incorporou os termos básicos do humanismo renascentista, que considerava o homem forte e ilimitado em suas capacidades, e levou à noção de que as pessoas deveriam abraçar todo o conhecimento e desenvolver suas capacidades ao máximo possível. Ainda, os renascentistas mais talentosos procuraram desenvolver suas habilidades em todas as áreas do conhecimento, no desenvolvimento físico, conquistas sociais e nas artes.
Polímatas brasileiros notórios teriam sido Gerardo Mello Mourão, Rui Barbosa4 e Gilberto Freyre5 .
§Heráclito[editar | editar código-fonte]
O filósofo grego Heráclito de Éfeso usou do termo polymathía para criticar filósofos, poetas e historiadores, mas sobretudo a Homero, célebre poeta grego, em cuja pluralidade de conhecimentos tornava o discurso superficial. Para Heráclito, não se poderia abraçar um discurso generalista, ou discorrer sobre aquilo a que não se tem conhecimento de fato (como quando num texto ficcional, o poeta descreve hábitos e atividades que não lhe são característicos na realidade).
Por conta disso, considera os polímatas como adversários do logos, quem procura absorver o máximo de conhecimentos gerais, sem contudo buscar entender a própria natureza (physis) -- qual só pode ser desvendada através do logos.
fonte: http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/conhecimento.html
*Publicado na Folha de São Paulo - Caderno MAIS! - 11/05/2003
É comum hoje falar da "organização do conhecimento" como se a produção do conhecimento ocorresse em uma grande fábrica. Nessa organização há lugar para diferentes papéis intelectuais. De fato, com certeza é preciso haver uma variedade considerável de tais papéis; para administradores intelectuais, por exemplo, para integrantes de equipes de pesquisa e para eruditos isolados. Além dos milhares de profissionais que atuam nas diversas áreas de conhecimento, há também um papel, mesmo hoje, para o amador e também para o polímata, o erudito que se dedica em casa a muitas (ou pelo menos diversas) disciplinas intelectuais. O polímata ainda não está totalmente extinto enquanto espécie intelectual, mas com certeza está ameaçado. A palavra "polímata" surgiu no século 17. No mundo antigo e na Idade Média européia, não se falava em polímatas porque se supunha que os eruditos tivessem um vasto aprendizado e que alguns aspirassem ao "enciclopedismo", em outras palavras, a um conhecimento de todo o "curso" ou "currículo" de estudos (esses termos originalmente evocavam uma imagem vívida de atletas intelectuais, de antigos estudantes gregos correndo em volta de um estádio).
Mau Sinal
No século 17, no entanto, a nova palavra "polímata" se tornou corrente em latim, francês, inglês e alemão. Pode-se dizer que a invenção da nova palavra foi um mau sinal. De qualquer forma, foi um sinal da crescente consciência da existência de um problema, o problema do que pode ser chamado de uma crescente "crise de conhecimento". Graças à descoberta do Novo Mundo e à revolução científica, boa parte do novo conhecimento entrou em circulação na Europa, e a prensa tipográfica permitiu que esse conhecimento, mais do que nunca, atingisse um número muito maior de pessoas. Infelizmente houve um preço a pagar por esse progresso intelectual. Em 1550 já começaram a surgir reclamações de que tantos livros haviam sido impressos que ninguém tinha tempo nem sequer de ler os títulos, muito menos de descobrir os conteúdos. No final do século 16, alguns europeus liam a história de dr. Fausto, um homem com uma sede insaciável de conhecimento, enquanto outros assistiam a uma peça de teatro sobre o mesmo tema. No entanto Fausto não foi apresentado aos leitores ou espectadores como um herói, mas como uma advertência que teve um final infeliz, sendo arrastado para o inferno no final da peça. Em todo caso, se Fausto era incapaz de aprender o que queria saber sem a ajuda do demônio, então o velho ideal enciclopédico de conhecimento universal estava certamente ameaçado. Em 1600, começava a tornar-se impossível dominar todos os campos do conhecimento acadêmico (sem contar os muitos tipos de conhecimento prático) e, por essa razão, os relativamente raros eruditos que faziam descobertas em várias disciplinas diferentes vieram a ser conhecidos como "polímatas". Esse talvez seja o termo mais apropriado para descrever Francis Bacon e Gottfried Wilhelm Leibniz, que hoje são mais conhecidos como "filósofos", apesar de a filosofia ser apenas uma das áreas às quais fizeram contribuições originais. Leibniz, por exemplo, fez importantes contribuições à matemática, história, direito e linguística. A carapuça de polímata também serviu ao jesuíta alemão Athanasius Kircher, que escreveu (entre outras coisas) sobre China, Egito, magnetismo, matemática, mineração e música. Da mesma forma, Isaac Newton não se restringiu aos estudos da gravidade e da ótica, que lhe valeram sua reputação internacional. Estudou sobre cronologia e alquimia e atuava na vida pública como Mestre da Casa da Moeda, certificando-se de que as moedas ali fabricadas eram de boa qualidade. No século 18, no entanto, os estudiosos foram obrigados a ser mais modestos. As enciclopédias, que antes haviam sido compiladas por eruditos individuais, foram entregues a equipes de colaboradores, como as 135 pessoas que escreveram a famosa "Encyclopédie" francesa, sob a direção de Denis Diderot. As enciclopédias estavam substituindo o enciclopedismo. Em outras palavras, cada vez mais os eruditos buscavam informações quando precisavam, em vez de saberem a resposta de antemão.
Em 1550 já começaram a surgir reclamações de que tantos livros haviam sido impressos que ninguém tinha tempo nem sequer de ler os títulos
"Homem multifacetado"
No século 19, o surgimento de várias palavras novas, como "perito", "profissional", "cientista" e "especialista", foi um sinal de que a divisão do trabalho intelectual havia se expandido ainda mais. Em épocas anteriores, o curso universitário básico para todos era constituído das sete artes liberais, que iam de retórica a astronomia, mas, depois de 1800, estudantes começaram a se especializar em uma disciplina de um "departamento" (outro termo novo). Seus professores também estavam se tornando especialistas.
Houve uma certa resistência à tendência, notadamente na Inglaterra, onde o ideal do "gentleman" amador persistiu até o século 20, mas a especialização acabou triunfando. Surgiu um abismo entre as ciências naturais e as humanidades (as famosas "duas culturas"), seguido pela separação entre física e química, sociologia e psicologia e assim por diante.
Foi nesse contexto que o historiador suíço Jacob Burckhardt, ele próprio artista, poeta e músico, bem como jornalista e historiador, descobriu o tipo que denominou o "homem multifacetado" do Renascimento, incluindo Leonardo da Vinci. Durante o próprio Renascimento, uma ampla variedade de interesses intelectuais não foi reconhecida. Na época de Burckhardt, Leonardo tornou-se o símbolo de um "paraíso perdido" intelectual e um meio para que o historiador criticasse seu próprio tempo.
A divisão do trabalho intelectual, como a divisão do trabalho de forma geral, possui vantagens óbvias. Coletivamente, a raça humana sabe mais hoje do que nunca antes. O preço que pagamos, no entanto, é alto. Como indivíduos, sabemos menos do que nossos ancestrais, ou, mais exatamente, sabemos cada vez mais sobre cada vez menos. Tentativas de lutar contra a tendência à especialização e à fragmentação têm sido feitas, mas seu sucesso tem sido limitado. A história intelectual é a história de um longo afastamento do conhecimento geral acompanhado por uma série de ações significativas de retaguarda.
Em nível coletivo, têm havido muitas tentativas de promover abordagens interdisciplinares, como no caso dos "estudos culturais", uma combinação de literatura, história, sociologia etc. O problema é que, a partir da segunda geração, novas disciplinas tendem a se formar, e a revolta contra a especialização precisa recomeçar do zero.
Alguns polímatas do século 20 também conseguiram resistir às pressões da especialização. No Brasil, eles incluíram Gilberto Freyre. Nos Estados Unidos, pensa-se em Lewis Mumford, que escreveu sobre arquitetura, cidades e sociedade e que gostava de se auto-intitular um "generalista", não um especialista. Na França, havia Michel de Certeau, que se considerava modestamente um historiador, mas também estudou psicanálise e fez contribuições à antropologia e à sociologia, bem como à filosofia e à teologia. Na Inglaterra, Joseph Needham atuou como bioquímico antes de se dedicar à história da China.
Espera-se que eles não sejam os últimos dos dinossauros. Mas certamente o serão, caso as universidades e os governos não considerarem a construção de um habitat intelectual no qual as espécies ameaçadas possam sobreviver.
Peter Burke é historiador inglês, autor de "Uma História Social do Conhecimento" (Jorge Zahar Editor) e "O Renascimento Italiano" (ed. Nova Alexandria). Escreve regularmente na seção "Autores", do Mais!.
Tradução de Leslie Benzakein.
Fontes:
http://tifefa620.blogspot.com/2013_03_01_archive.html
http://tifefa620.blogspot.com/2013/03/o-homem-multifacetado-e-competitivo.html
http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/conhecimento.html
http://creatingminds.org/quotes/knowledge.htm
http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/
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